quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Nota CST/PSOL sobre a campanha de Edmilson Rodrigues em Belém


Para eleger Edmilson Rodrigues é preciso mudar radicalmente a campanha e garantir uma vitória do PSOL e dos trabalhadores em Belém

Finalizadas as eleições no 1º turno, mesmo com um partido ainda pequeno, podemos afirmar que no geral as campanhas do PSOL avançaram porque se apresentaram como uma alternativa frente ao governo Dilma PT/PMDB e a falsa oposição de direita PSDB/DEM.

No Rio de Janeiro a campanha de Marcelo Freixo questionou as empreiteiras, denunciou os contratos com as empresas de ônibus e toda a lógica mercantil que transforma a capital numa Cidade-Empresa por conta dos negócios da Copa e Olimpíadas. Em Itaocara-RJ, o PSOL elegeu seu primeiro prefeito, sem alianças com partidos governistas ou da oposição de direita, sem negociatas com legendas de aluguel, sem dinheiro de empresários e com a campanha feita num fusquinha velho. Antes de assumir, Gelsimar Gonzaga, prefeito eleito em Itaocara, já anunciou fazer auditoria nas contas da prefeitura, dirigir a prefeitura sob as ordens de conselhos populares eleitos diretamente e prometeu nomear o secretário de educação após eleição entre os professores do município.

Em Belém, a campanha de Edmilson Rodrigues que aglutinou amplos setores descontentes com a atual prefeitura de Duciomar (PTB) que foi eleita na coligação com o PDT e com o apoio do PSDB, deixou escapar uma oportunidade de se firmar como oposição de esquerda fortalecendo o PSOL e uma mudança real aos trabalhadores belenenses. Mesmo quando a campanha de Edmilson tinha 47% nas pesquisas não se falava nada das demais candidaturas representantes dos mega-empresários, latifundiários e corruptos. O clima de “paz e união” da campanha sem denunciar os verdadeiros responsáveis pela situação de crise social em que se encontram esmagadora maioria da população pobre de Belém foi o que abriu espaço para o crescimento da candidatura dos tucanos.

Não duvidamos que a compra de votos, o uso da máquina do estado e o fisiologismo nas eleições tenham contribuído para a queda de Edmilson e o crescimento de Zenaldo do PSDB. No entanto, o fundamental é ajustar urgentemente a linha política da campanha de Edmilson. Pois é o giro à direita na condução da campanha e a ampliação do leque de alianças para setores corruptos e patronais que explicam as dificuldades que enfrentamos nesse segundo turno. O risco que corremos é o de que o PSOL se descaracterize completamente e perca a oportunidade de governar para a maioria da nossa cidade - o povo pobre e trabalhador. Isso é assim porque em Belém também está sendo aplicada a política de alianças orientada pela tendência do Senador Randolfe e do presidente do Partido, o Deputado Ivan Valente. E a atual rebelião que está em curso no PSOL, que produziu notas unificadas no diretório nacional, resoluções dos diretórios estaduais e municipais, insatisfação da militância de base, deve ajudar a reverter a lógica pragmática que também está em curso em Belém.

Queremos derrotar os tucanos e emplacar uma vitória do PSOL e para isso necessitamos identificar os erros de nossa campanha e a partir daí, ver quais mudanças temos que fazer. Abordaremos temas que também foram comentados por outras tendências do PSOL ou por militantes do Partido, como a nota da Corrente APS do vereador Fernando Carneiro (“Resolução sobre o PSOL nas eleições 2012 e o segundo turno”) e o texto do militante psolista de Belém, Mauricio Matos (“Trabalhadores e Burguesia: com quem vamos governar?”).

Os erros começaram com a coligação com o PC do B, o partido do agronegócio, das negociatas do Ministério dos Esportes e da corrupção de Orlando Silva. Depois veio a vinculação de Marina Silva, ex-ministra do governo Lula, que teve nas eleições presidenciais o candidato a vice-presidente um dos donos da Natura, empresa que roubou as erveiras do ver-o-peso. Marina tem um claro projeto ecocapitalista, reivindica a política econômica de FHC e de Lula e faz parte de um “movimento por um novo partido” patronal que namora ao mesmo tempo a base governista e a oposição de direita, tema sobre o qual nos posicionamos no dia 24 de agosto.

Como se isso não bastasse, a campanha de Edmilson chegou ao absurdo de utilizar a figura de Lula e de Dirceu no programa de TV, exatamente no período em que os mensaleiros estavam sendo julgados e condenados no STF. Ou seja, não só a campanha deixava de denunciar os governos tucanos e quem Zenaldo representa, como ao mesmo tempo se aproximava do PT e do governo federal. Isso não só descaracteriza o PSOL como partido de oposição de esquerda, como fez crescer uma“desconfiança” entre pessoas do povo que nos viam como o novo. O que devem ter imaginado os professores da UFPA e da UFRA que enfrentaram na greve o governo Dilma? E o servidores federais que tiveram o ponto cortado pelo governo federal? O que passou pela cabeça dos professores do estado que fizeram uma das maiores greves no Pará contra o governo de Ana Júlia do PT? O pior é que nossa campanha combinou essa linha com a velha forma de fazer política. Ao invés do“tostão contra o milhão” para empalmar com setores médios que repudiam o “toma lá da cá” das campanhas eleitorais, recebeu mais de R$ 400 mil de empresas e infelizmente nem todos na nossa campanha poderiam utilizar a blusa criada no RJ “Não recebo um real, Tô na rua por um ideal”. Situação que denunciamos aos dirigentes nacionais do Partido em nota de 25 de Setembro.

Insistindo no erro, já no primeiro programa eleitoral do 2º turno a campanha de Edmilson estampa a “ampliação” da campanha com a entrada de mensaleiros na frente eleitoral: aparecemos abraçados ao PT, o Partido de Paulo Rocha que acaba de ser condenado por Joaquim Barbosa no julgamento do mensalão, o Partido de Ana Julia que foi derrotada nas ruas e nas urnas após seu governo neoliberal. Na mesma semana os jornais veicularam a realização de reuniões de representantes da campanha de Edmilson com dirigentes do PMDB – a sigla da raposa que roubou o mandato de Marinor no senado, e no outro dia o “caloroso” apoio do PDT de Giovani Queiroz, famoso latifundiário paraense, partido esse que compõe até hoje o governo corrupto de Duciomar Costa. Sem falar no PPL, dos ex-PMDB.

Não concordamos com o vale-tudo eleitoral. Rejeitamos intransigentemente o apoio dos inimigos do povo. E está mais do que claro que um partido de esquerda não pode atuar com o método da “máquina calcular” e das alianças espúrias. Ao juntar forças políticas opostas o “apoio” não adiciona nada ao nosso projeto. Ao contrário, anula o caráter de esquerda de nosso partido e subtrai a simbologia de mudança que Edmilson encarna. Ao invés de denunciar os partidos que só fazem trair os trabalhadores arrochando salários, reprimindo violentamente as lutas e mobilizações do povo por moradia, saúde digna, educação pública de qualidade e desmascarar o modo corruPTo de governar, nossa campanha “soma forças” com aqueles que querem destruir o PSOL, com isso faz cair por terra a esperança de uma verdadeira mudança na forma de fazer política em nossa cidade.

Sob o discurso de que “apoio não se nega”, o PSOL-AP chegou ao absurdo de estar com o PTB, o DEM e o PSDB. Sob o argumento de que “são apoios e não coligações”. Já se fez campanha para o PTB em 2010 na disputa de Macapá, quando Randolfe coordenou a campanha de Lucas Barreto, um dos envolvidos nos atos secretos de Sarney, contrariando resolução nacional do Partido. Sob o argumento de “acordos táticos para vencer são necessários” a direção da campanha camufla reuniões com vereadores evangélicos reacionários contrários a temas importantes para nosso partido como a união homoafetiva e a descriminalização do aborto, com o PPS que governa o Estado com o PSDB, e até mesmo – por incrível que isso possa parecer – com a família do coronel Jader Fontenelle Barbalho!!! Duvidamos que alguns desses setores estejam interessados em algum debate político e programático sobre os rumos da cidade. O que eles querem são cargos, dinheiro e poder, coisa que o PSOL não pode lhes oferecer, sob pena de cair nas tenebrosas transações que arrastaram outros partidos de esquerda para a vala comum da falsa democracia burguesa.

Além disso, em meio ao caos que vive nossa cidade o centro da campanha de Edmilson foi reivindicar as premiações do “prefeito criança”, o bolsa escola e uma gestão competente. Nada ao funcionalismo municipal. Nada de se comprometer com a pauta da greve dos servidores da saúde, nada de se comprometer em cumprir o estatuto do magistério aos professores, nada de acenar uma negociação das perdas salariais aos servidores do município.

No transporte público o mesmo Edmilson que como deputado participou e se solidarizou com os atos contra o aumento da passagem, agora como candidato a prefeito não falava nenhuma vírgula sobre enfrentar o monopólio das famílias de empresários de ônibus congelando a tarifa, se comprometendo a apresentar uma proposta de passe-livre a estudantes e idosos e afirmando compromisso de rever os contratos fraudulentos com as empresas do transporte urbano.

Nesses poucos dias de campanha que ainda faltam é preciso dar um giro de 180 graus. Primeiro denunciando o governo estadual e seu candidato tucano. Responsabilizando-o pelo sucateamento dos serviços, as mortes na Santa Casa, a greve dos professores para que Jatene pagasse o piso.

Somos a única candidatura da mudança, por isso nossos aliados não podem ser mensaleiros, nem velhas raposas. Queremos ganhar e são muito bem-vindos os votos de qualquer outro candidato, mas só será possível se comprometendo com as reivindicações dos trabalhadores e do povo pobre. Isso não é utopia, sectarismo ou vocação para “apenas marcar posição” como pensa o setor majoritário. A campanha do PSOL no Rio, sem abrir mão de nenhumas das propostas e das denuncias que fazia, atraiu apoios importantes: petistas insatisfeitos com apoio do PT a Eduardo Paes, Brizolistas dissidentes do PDT, assim como também a adesão de votos e de militantes do PC do B. Em Itaocara, a campanha de Gelsimar aproveitou a divisão dos partidos patronais e apresentou uma campanha alternativa, de massas, que empalmou com o sentimento de mudanças dos trabalhadores e do povo. Por isso, por sua firmeza e coerência, derrotou os clãs oligárquicos ligados a Sergio Cabral e Garotinho.
A vitória de Edmilson tem que ser uma vitória dos "de baixo”, da cidade celebrando a tradição da resistência Tupinambá, a revolução Cabana, as greves operárias e mobilizações populares e juvenis das últimas décadas. Por isso, enquanto há tempo é hora de mudar o tom e confiar na força dos milhares de trabalhadores e jovens para conquistar a primeira capital do PSOL, realizando um governo radicalmente diferente ao que está sendo feito hoje e muito melhor do que foi feito antes.

Belém do Pará, 17/10/2012
Corrente Socialista dos Trabalhadores
Silvia Leticia – Secretária Geral do PSOL Belém
Douglas Diniz – Membro da DN e Secretário de Organização do PSOL Belém
Julia Borges – Membro do Diretório Municipal do PSOL Belém
Francisco Lopes – Membro do Diretório do PSOL Belém
Neide Solimões – Executiva do PSOL Pará
Denis Melo – Executiva do PSOL Pará
Mauricio Santos Matos – PSOL Belém – Ativista contra Belo Monte


terça-feira, 16 de outubro de 2012

A máquina pública a serviço de reeleger Castelo


Depois de mais de 3 meses de licença do trabalho por conta de estar afastada para concorrer a cargo eletivo, retornei ontem às minhas atividades laborais. Para minha surpresa, aquilo que era ruim, conseguiu ficar ainda pior. 
Para quem não sabe eu trabalho em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), órgão ligado à SEMCAS (Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social). O CRAS atua como porta de entrada para o SUAS (Sistema Único de Assistência Social) e realiza trabalho com os indivíduos e suas famílias de modo a prevenir situações de risco. Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação (ausência de rendas, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre outros) e/ou, fragilização de vínculos afetivos - relacionais e de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, entre outras).
Através do CRAS os usuários da política de assistência social têm acesso a programas e benefícios socioassistenciais (inclusive os de transferência de renda, como o Bolsa Família), sujeitos portadores de direitos que são.
No município de São Luís existem atualmente um total de 20 CRAS que constam como em funcionamento, mas apenas constam, pois a realidade demonstra exatamente o inverso.
A minha surpresa em retornar ao trabalho reside no fato de que hoje nem ao menos aquilo que era assumido como prioritário pela Prefeitura no trabalho a ser executado pelos CRAS que é a inclusão das pessoas de baixa renda no Cadastro Único do governo federal para acesso a programas sociais diversos como o Bolsa Família, Tarifa Social de Energia Elétrica, Minha Casa Minha Vida, entre outros tem sido feito atualmente. O motivo? Desde agosto os CRAS estão sem internet (o que impossibilita que os dados informados pelos usuários quando do preenchimento do cadastro manual sejam inseridos no Sistema do CAD Único). Ou seja, muitas pessoas não estão nesses últimos dois meses sendo inseridas em programas sociais ou mesmo fazendo a atualização de seus cadastros (sob pena de terem o benefício bloqueado) por pura irresponsabilidade da Administração do senhor João Caostelo.
Não preciso nem dizer que todas as outras ações também não estão acontecendo: as reuniões com grupos (parte do que compreende o Programa de Atenção Integral às Famílias - PAIF) não estão acontecendo, as visitas domiciliares para acompanhamento das famílias e indivíduos não ocorrem por falta de carro (o que, aliás, não falta na campanha de Castelo), etc.
Além de outras péssimas condições de trabalho a que nós servidores municipais somos submetidos todo o sempre.
Portanto, a novidade quanto à precariedade nos serviços ofertados pela Prefeitura neste período eleitoral é que toda a máquina pública está voltada para a reeleição de Castelo e a impressão que temos é que os serviços ofertados pela Administração Municipal estão de férias por conta da campanha eleitoral. É por isso, por exemplo, que falta tudo o que já citei acima no local em que eu trabalho, mas ontem mesmo foi realizada uma reunião com lideranças comunitárias da área da Cohab e entorno, com lanche disponibilizado pela Prefeitura para tratar de "política". Ou seja, amarrar melhor os currais eleitorais nesse 2º turno, o que pode ter ficado um pouco solto no 1º. Em jogo estão os convênios que muitas associações e entidades que desenvolvem algum projeto na área da assistência social têm com a Prefeitura de São Luís. 
O pior de tudo é saber que essas e outras coisas acontecem com a conivência da justiça e o Ministério  Público faz vista grossa.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Quem dá mais?

O Imparcial - Política - Vereadores não garantem apoio a João Castelo no 2º turno

Vereadores e partidos que compunham a coligação de Castelo não garantem apoio no segundo turno; Edivaldo Holanda Jr tem a minoria na casa legislativa.

Publicação: 10/10/2012 08:03 Atualização: 10/10/2012 08:12
Passado o primeiro turno das eleições em São Luís, este início de campanha de segundo turno é um momento de novas alianças a serem definidas. Um local onde estes possíveis aliados podem ser encontrados é na Câmara Municipal. Vários vereadores disseram já terem recebidos telefonemas de candidatos e agentes, mas eles ainda esperam melhores propostas para se definir. 

O PSL, que tem dois vereadores reeleitos na Câmara, está dividido. O presidente da Casa, Isaías Pereirinha (PSL) que apoiou o prefeito João Castelo (PSDB) no primeiro turno, diz que permanecerá com o atual gestor. "Eu sou claro. Apoiei um candidato no primeiro turno e a credibilidade que eu tenho como gestor, como homem é minha marca. Por isso vou continuar com ele", afirmou. Além da aliança por ser presidente da Câmara, Pereirinha tem a indicação da secretaria de esportes do município. 

Já o vereador Chico Carvalho (PSL), que teve dificuldade para ser reeleito, mostrou-se magoado com a prefeitura, por ter privilegiado a candidatura de Canindé Barros (PSDB) em pontos estratégicos de suas bases eleitorais, como a zona rural. Carvalho, que é presidente estadual do PSL, diz que o apoio da legenda ainda terá que ser discutido. "Vamos aguardar as conversas. Fomos bastante massacrados nessa eleição. Além de correr atrás dos votos, alguns adversários nos prejudicaram bastante. Por isso, vamos aguardar um pouco".

O campeão de votos, Josué Pinheiro (PSDC) também tem sido visto como importante aliado. O seu partido fazia parte da base de apoio do candidato Washington Oliveira (PT) e agora, está sem candidato. As lideranças do partido dizem que, dentro de pelo menos, uma semana, o partido não iria tratar do assunto e iria aguardar ser chamado. 
Outro que teve expressiva votação foi Sebastião Albuquerque (DEM), que venceu em uma chapa muito concorrida. O médico recebeu uma ligação diretamente de Edivaldo Holanda Júnior (PTC) no dia seguinte ao da eleição para lhe parabenizar pela vitória. Ele disse que apesar da amizade com Edivaldo, não tomará a decisão sozinho, mas conversará com seu grupo político. 

Nem os dois partidos coligados ao prefeito João Castelo no primeiro turno garantiram fidelidade no segundo. PMN e PRP estão abertos às negociações. O vereador Francisco Chaguinhas (PRP) que disse ter se decepcionado com propostas não cumpridas pelo prefeito Castelo, diz que espera agora conversar para tentar um acerto. O vereador Astro de Ogum (PMN) segundo mais votado na capital, também não descartou a possibilidade de estar no palanque de Holanda, mas diz que o partido ainda irá se reunir para decidir. 

Tanto Castelo, quanto Edivaldo tem relações próximas com os vereadores. Castelo por ser o atual prefeito e sempre ter uma base forte na Câmara e Holanda por já ter sido vereador ainda nesta legislatura, tendo um relacionamento próximo com todos os parlamentares. 

Por enquanto, Castelo só tem garantido o apoio de Pereirinha (PSL) e dos vereadores tucanos Dr. Gutemberg (PSDB) e José Joaquim (PSDB). Já Edivaldo só tem garantido Edmilson Jansen (PTC), Rose Sales (PCdoB) e Fernando Lima (PCdoB). O último não conseguiu se reeleger.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Psol elege primeiro prefeito e vai ao 2º turno em duas capitais | Carta Capital

Psol elege primeiro prefeito e vai ao 2º turno em duas capitais | Carta Capital

Observatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais promove debate sobre Orçamento, Dívida Pública e Crise Capitalista



SEMINÁRIO “ORÇAMENTO, DÍVIDA PÚBLICA E CRISE CAPITALISTA”



Data: 17 e 18 de Outubro de 2012

Local: Auditório A – Centro de Ciências Humanas/CCH (UFMA)

Cidade: São Luís-MA

Promoção: Observatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais/ Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas/ Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Apoio: FAPEMA/ CAPES



PROGRAMAÇÃO 



Dia: 17/10/2012

Horário: 17h  

Abertura do Evento

Coordenação: Observatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais;



Dia: 17/10/2012

Horário: 17h30m

Conferência “A Execução orçamentária e as Políticas Públicas: de 1995 a 2011”, com Maria Lúcia Fattorelli  (Auditora Fiscal da Receita Federal), seguida de debate;

Coordenação: José Menezes Gomes (Observatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais) 



  

Dia: 18/10/2012

Horário: 17h

Conferência “A dívida Pública na reprodução do capital especulativo e o Desenvolvimento Capitalista”, com Paulo Nakatani  (UFES); 

Coordenação: Josefa Batista Lopes (Observatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais);



Dia: 18/10/2012

Horário: 18h

Mesa Apresentação dos resultados da Pesquisa “Orçamento e Políticas Públicas no Maranhão: A execução orçamentária a partir da Constituição Federal de 1988 e as Políticas de Educação e Saúde”, com José Menezes Gomes (UFMA)  e Liberata Campos Coimbra (UFMA),  seguida de debate;

Coordenação: Joana A. Coutinho (Observatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais)





Dia: 18/10/2012

Horário: 19h30m 

Conferência de Encerramento “Lutas em Defesa da Saúde Pública”, com Valéria Costa Correia (UFAL)

Coordenação: Cristiana Costa Lima (Observatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais)



Inscrições até 15 de outubro, pelo email observatorio.ppufma@gmail.com (Nome completo, email individual e instituição)



 

 

     
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Segunda-feira, 8/10/2012


domingo, 23 de setembro de 2012

São Luís quatrocentas janelas


Belíssimo trabalho de Murilo Santos! Imagens retratam que a beleza de nossa história está ofuscada pelo abandono à nossa cidade.




sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Programa Eleitoral do PSOL, com apoio do deputado federal Jean Wyllys e participação especial de Yasmin Albuquerque

Para que servem as pesquisas eleitorais?

Nós socialistas revolucionários não temos dúvidas de que a transformação real da vida dos trabalhadores e da maioria do povo explorado virão com a vitória nas eleições. Como bem nos disse Engels na Introdução de "As Lutas de Classes na França de 1848 a 1850" de Karl Marx, ainda assim as eleições cumprem um papel importante:
"E se o sufrágio universal não tivesse oferecido qualquer outro ganho além de nos permitir, de três em três anos, contar quantos somos; de, pelo aumento do número de votos inesperadamente rápido e regularmente constatado, aumentar em igual medida a certeza da vitória dos operários e o pavor dos seus adversários, tronando-se assim no nosso melhor meio de propaganda; a de nos informar com precisão sobre as nossas próprias forças, assim como todos os partidos adversários e, desse modo, nos fornecer uma medida sem paralelo para as proporções da nossa ação e nos podermos precaver contra a timidez e a temeridade inoportunas; se fosse essa a única vantagem do sufrágio universal, isso já era mais que suficiente." 
Insisto que o fim da injustiça social, da dominação de classes, da exploração e outras mazelas não acabarão através de uma possível vitória no processo eleitoral. Isso porque, obviamente, a classe dominante não entregaria de bom grado o poder à classe dominada (os trabalhadores e o povo explorado), caso estes vencessem as eleições. Mas além de tudo isso, o jogo "democrático" é feito com regras a impedir esse resultado eleitoral.
Pode parecer maluco, uma candidata a uma vaga na Câmara Municipal dizendo isso. Muitos (e)leitores meus podem se perguntar: então por que concorrer? Eu lhes respondo que pelo simples fato de que os trabalhadores/oprimidos precisam ter pessoas que os representem também nesses espaços que são domínio dos poderosos. Sim, certamente um vereador do PSOL ou do PCB ou do PSTU faria muita diferença em uma Câmara de Vereadores marcada pelo conluio político com o prefeito como é a de São Luís/MA. Com um mandato temos condições e meios para denunciar e fazer ecoar o grito dos excluídos.
Acontece que a possibilidade de isso acontecer - somente a possibilidade - já é motivo suficiente para atemorizar aqueles que há séculos dominam nosso povo. 
Desse modo, não são somente as regras formais do processo eleitoral que são desiguais e criadas para impedir uma vitória dos explorados nas urnas. Durante o processo em si, outros instrumentos são usados para acirrar ainda mais essa desigualdade. Estou falando especificamente das pesquisas eleitorais. 
Elas deveriam ser simplesmente um instrumento de consulta à opinião da população sobre o pleito eleitoral, sobre o candidato que é preferido pela maioria. Mas ao contrário, elas são usadas para manipular a opinião pública e fazer o eleitor (o menos esclarecido) acreditar que tal ou qual candidato é que está na preferência das pessoas e como em nosso país tem-se a cultura de ir de acordo com a maioria, muitos acabam mudando seu voto por acreditar que os candidatos que estão nas três primeiras posições são os que têm a real condição de vencer. Então, nesse caso, pensam muitos: "Pra que desperdiçar meu voto com o candidato  que está nas últimas posições?". (Uma das versões do "voto útil").
Acontece, meus caros, que pesquisa eleitoral não é urna apurada e em praticamente todas elas o que prevalece é o poder econômico. Ou seja, quem tem grana encomenda uma pesquisa e forja o resultado que quiser.
O que temos visto nas ruas não é nem de perto o que tem apresentado as pesquisas sobre a candidatura à prefeitura de São Luís da coligação PSOL/PCB. As pessoas têm declarado apoio, têm demonstrado votos de confiança, têm elogiado os programas eleitorais, etc. Não temos apenas um nome, o do companheiro Haroldo Sabóia, temos um programa de esquerda que vai tirar São Luís do caos social e que tem por aliados fundamentais os movimentos sociais. 
Não nos causa espanto que o IBOPE (a mando do Sistema Mirante) tenha nos dado 1% na pesquisa de ontem (20/09). Talvez se aparecêssemos com mais isso sim, poderia ser estranho, poderíamos até nos perguntar se estávamos incomodando tanto assim. Em outros estados essas questões são até mais mascaradas, mas num Estado com uma cultura oligárquica ainda tão entranhada, com um candidato do PT abençoado pela família Sarney, com um prefeito que passa 3 anos sem fazer absolutamente nada e na campanha eleitoral traz um vagão de VLT e apresenta o progresso a São Luís e com um filhinho do papai protegido pelo colo amigo de corruptos e outras espécies de bandidos não é de se estranhar o cenário apresentado pelo Sistema Mentira.
Nessas eleições em São Luís, O CAMINHO É PELA ESQUERDA!
Denise Vereadora 50550!

Programa Eleitoral 1 Denise Vereadora 50550


Nossas propostas como vereadora de São Luís



A mediocridade das propostas de Castelo




Não tenho muito tempo de ver os programas eleitorais na TV, por isso gosto de assisti-los depois no youtube. Pois bem, hoje quis ver qual o engodo da vez de João Castelo e deparei-me com o programa do dia 15/09, em que o nosso prefeito dialoga especialmente com as mães de alunos da rede municipal de ensino. Dentre outras coisas, o programa destaca a importâ
ncia do leite distribuído às famílias com alunos matriculados e o fardamento gratuito dado pelo município de São Luís.
Pois bem, não quero me deter muito a essas questões, apesar de considerar de grande relevância o fato de que a qualidade da Educação em São Luís do Maranhão, seja colocada pela administração de Castelo (PSDB) como satisfatória na medida em que as crianças recebem leite e fardamento escolar. Vale dizer que no vídeo aparece uma mãe dizendo: "A educação no município tá muito boa, meu filho tem o leite, a farda". Outra mulher representando mãe de aluno também diz: "Só eu ganhar uma mochila cheia de farda pra meu filho, pra mim é tudo de bom".
Mas o que isso tem a ver com a qualidade do ensino municipal? Na Educação Infantil, por exemplo, temos uma professora para cerca de 25 crianças e às vezes em uma turma há uma ou mais crianças com necessidades especiais e somente esta mesma professora para dar conta desta turma. Isso só para dar um exemplo!
Pois bem, mas quero me deter em outra proposta do atual prefeito, candidato à reeleição: o Mãe Ludovicense. Segundo Castelo, este programa é para proteger as futuras mamães que estarão realizando o pré-natal na rede pública de saúde e terão direito a andar de ônibus e de VLT (mais uma vez o VLT!) de graça, ou seja, transporte gratuito, durante a gestação e o primeiro ano de vida da criança. Qual o objetivo mesmo desse programa? Segundo Castelo, proteger mães e bebês. Mas como assim? Não estou entendendo! Durante a gestação e o primeiro ano de vida da criança as mães terão direito a transporte gratuito para irem aonde quiserem. Isso me cheira demagogia, assistencialismo, etc. Sim, por que então não falar em passe livre para desempregados e desempregadas, além de estudantes? Ou por que não falar em gerar em empregos para que as mulheres (e homens) não dependam de programas paliativos? Por que não criar creches para que as mulheres possam deixar seus filhos em segurança e possam sair para trabalhar? Esses são apenas alguns questionamentos!
A segunda parte dessa proposta fala que as futuras mamães terão direito a um enxoval completo para o bebê: trata-se do auxílio enxoval. Pra quem não sabe este é um benefício eventual previsto em lei federal e em lei municipal e que é de responsabilidade dos municípios. Este benefício serve para garantir que as mães que não têm condições financeiras de comprar o enxoval tenham direito ao auxílio enxoval que se dará em forma de kit enxoval (fraldas, bolsa, manta, etc.) ou em pecúnia.
Como fazem parte da política de assistência social, esses benefícios eventuais (entre eles o auxílio enxoval) ficam sob a responsabilidade da Secretaria Municipal da Criança e da Assistência Social (SEMCAS), que tem por titular da pasta a srª Roseli de Oliveira Ramos, esposa do vereador José Joaquim Ramos, que é candidato novamente.
Pois bem, hoje uma gestante que se encontra em situação de vulnerabilidade social decorrente, por exemplo, de insuficiência de renda, procura um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo de sua casa e solicita o benefício. Geralmente, é feita uma visita pela assistente social à usuária em questão (gestante) e comprovada a situação de vulnerabilidade é dado o parecer favorável e a solicitação do auxílio enxoval é feito à Coordenação de Benefícios Eventuais da SEMCAS.
O que é um direito assegurado em lei nem sempre é garantido de fato. Isso porque existem casos que nós assistentes sociais fazemos a solicitação quando a gestante está com 5 meses e ela tem o bebê e não recebe o enxoval. A alegação é a mesma de sempre por parte da SEMCAS: não tem enxoval, porque o fornecedor não foi pago, porque está em fase de licitação, etc, etc, etc. Sem contar que o próprio processo de solicitação desse benefício demora, pois nem sempre tem o carro para que a técnica do CRAS possa realizar a visita (falta de combustível é a desculpa mais usada).
Portanto, senhor Castelo, é muita cara de pau dizer que vai fazer algo inédito, quando nem a proposta e nem a forma de enganar o povo são inéditas!
Não tenho dúvidas de que São Luís merece mais, merece um prefeito e vereadores comprometidos com a maioria de nosso povo!
A velha e a nova direita só nos levam a buracos. São Luís, o caminho é pela esquerda! Com Haroldo Sabóia 50 e Denise Vereadora 50550!