terça-feira, 24 de maio de 2011

TODO APOIO ÀS CANDIDATURAS DAS PROFESSORAS SIRLIANE E CLÁUDIA DURANS À REITORIA DA UFMA

EM DEFESA DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA, GRATUITA, DEMOCRÁTICA, TRANSPARENTE E DE QUALIDADE!


Uma vez mais a UFMA passa por eleições para a reitoria. Uma vez mais dois blocos se articulam em posições antagônicas.

Um, apegado ao poder a qualquer custo (se precisar mudar as regras do jogo para ganhar a consulta, como já se fez, muda-se!), à bajulação do governante de plantão (seja FHC–Lula–Dilma, seja Roseana Sarney–José Reinaldo–Jackson–Roseana Sarney), à gestão obscura das fundações Sousândrade e Josué Montelo, à gestão antidemocrática da universidade, à concepção fast food da educação superior, voltada para os interesses do mercado.

Outro conjunto de forças comprometido com a resistência ao processo neoliberal que se alastra dos organismos internacionais às universidades brasileiras, defensor de uma consulta universitária que se encerre em si mesma, de gestão participativa-transparente-democrática da universidade, que não aderiu às benesses do poder Lula-Sarney, que constrói a universidade de qualidade no cotidiano da produção científica, que não se deixa cooptar e mantém a autonomia de suas entidades representativas.

Não há meio termo. Não há conciliação entre essas duas concepções de universidade. A eleição de reitor não pode ser uma dívida a ser paga do processo eleitoral externo à UFMA ou pelas bolsas estudantis recebidas do reitor ou pelo apoio a projetos de pesquisa, obrigação de uma instituição que se pretende referência na construção do conhecimento. Um bloco é expressão da aliança tucano-roseanista, sob apoio de setores lulistas. O outro bloco, é a afirmação das forças da autêntica esquerda universitária.

A próxima administração superior da UFMA NÃO PODE ATRELAR O FUTURO DA UNIVERSIDADE À ILUSÃO DO REUNI, como faz a atual administração. A implementação do projeto do governo federal para a universidade pública escamoteia o debate de seu desmonte com o projeto de expansão das vagas via REUNI, sem a previsão de recursos suficientes que acompanhe esse processo, resultando em salas superlotadas, quadro de professores insuficiente, falta de assistência estudantil etc. Esse quadro tende a se agravar, uma vez que, com o corte de mais de R$ 50 bilhões anunciados pela presidente Dilma, não se terá recursos suficientes para sanar os problemas da universidade pública brasileira, como também haverá dificuldades de concluir as obras iniciadas. Nesse contexto, O ENSINO À DISTÂNCIA NÃO PODE SER A BASE DA EXPANSÃO DA UNIVERSIDADE.

A próxima administração superior da UFMA NÃO PODE SILENCIAR ANTE À CORRUPÇÃO INSTALADA NA CONCESSÃO DE BOLSAS DA FAPEMA; NÃO PODE SER FICHA SUJA, com suas contas rejeitadas; NÃO PODE GESTAR OS RECURSOS PÚBLICOS A SEU BEL-PRAZER, sem consulta à comunidade acadêmica; ser intransigente e interditar o debate democrático dos rumos da UFMA ou intervir nas organizações representativas da comunidade, buscando sua cooptação; NÃO PODE MANTER ESSE PROCESSO DE ESCOLHA ANTI-DEMOCRÁTICO DE SEUS DIRIGENTES, ainda resquício da Ditadura Militar, sob o voto de uma consulta que pode simplesmente ser desconhecida pelo Conselho Universitário, como já ocorreu na UFMA pouco tempo atrás.

Diante de tudo isso, não há o que titubear. Para garantir a continuidade da luta e a resistência na UFMA, O PSOL MANIFESTA SEU APOIO ÀS CANDIDATURAS DAS PROFESSORAS SIRLIANE E CLÁUDIA DURANS. Para o PSOL, votar em uma delas é votar pela UFMA comprometida com a mudança na educação superior maranhense. Pela força da mulher, um caminho autônomo e de resistência à gestão da UFMA!

PSOL - Partido Socialismo e Liberdade

PALOCCI TEM QUE SAIR!


Mais uma vez o governo do PT enfiado ate o pescoço em denúncias de corrupção. Mais uma vez a Casa Civil exalando o cheiro podre como central de negócios sujos. Mais uma vez Palocci como protagonista de ilícitos que levam ao enriquecimento fácil. Nada é novo, o problema é saber até quando se podem tolerar desculpas esfarrapadas para justificar o assalto aos cofres do Estado em beneficio destes grupos que chegam ao poder.

Diferente de seus antecessores, José Dirceu e Erenice Guerra, que comandaram o mensalão e esquemas de propinas, o atual Ministro Palocci, nem precisou chegar à poderosa Casa Civil para receber rios de dinheiro. Uma pequena antecipação pelos serviços que iria prestar para traficar influências e repassar as valiosas informações que fornecem as entranhas do Estado.

Para a tropa de choque do governo Dilma, que enfrenta “indignada” o questionamento da opinião pública, o enriquecimento do Ministro Palocci é normal. Ministros, senadores e deputados, encabeçados pelo próprio Sarney, numa atitude de auto-proteção, tentam explicar que não tem nada de irregular um ex-ministro multiplicar seu patrimônio em 20 vezes no curto período de quatro anos. Mas quais são as qualidades excepcionais deste Ministro, para construir uma fortuna de muito mais de 20 milhões em tão pouco tempo?

Certamente que esse meteórico enriquecimento não foi produto de sua excepcional inteligência nem dedicação ao trabalho e sim de sua localização em postos chaves do governo. A partir desses cargos, Palocci detém valorosas informações sobre os caminhos para chegar ao dinheiro público, que vende a peso de ouro para o grande capital, seja financeiro, agronegócio, empreiteiras ou outras corporações. Palocci está nesse cargo porque, além de homem de confiança de Lula e do PT, é “o cara” de confiança de todos eles, dos chamados “mercados”.

Claro que a mudança de Palocci, de militante de esquerda e médico a intermediador de milionários negócios a serviço das grandes empresas não é um fato individual. O PT no governo, seus dirigentes, deputados, ministros, governadores, prefeitos, vereadores, secretários, seja no primeiro, segundo ou terceiro escalão, descobriram que é muito fácil virar rico. Seguiram a receita dos burocratas e ditadores capitalistas chineses que afirmaram que “é glorioso ser rico”. E tanto lá como cá, a riqueza individual alcançada pelas autoridades que deveriam servir ao bem público é ampliada por entregarem os bens da nação, o suor do povo e o esforço de gerações para os bilionários de turno que compram facilmente estes políticos venais. Um exemplo disto é a bancada de deputados e senadores do PT que já tem 14 milionários.

O financiamento de campanha é o primeiro passo para esta parceria. Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Correia, junto com os donos do Bradesco, do Itaú e de outras instituições financeiras e os bilionários do agronegócio, estão entre os maiores doadores das campanhas de Dilma Roussef e demais candidatos petistas e demo tucanos. De acordo com as noticias da imprensa, outra empreiteira, a WTorre, que faz negócios milionários com a Petrobrás e os fundos de pensão Funcef e Previ, é doadora da campanha da Presidente Dilma e do Ministro milionário Palocci. A partir daí é fácil virar “cliente” do político que também é “consultor” das empresas que recebem valiosas “dicas”, que com certeza representam para o investidor um retorno bem superior ao investido na compra da sigilosa informação. Alguém imagina quanto lucraram os que pagaram a Palocci os 20 milhões? É a mesma razão que leva a banqueiros e multinacionais a pagarem até U$S 500 mil por palestra no exterior, nas quais o ex-presidente Lula vende seus “conselhos” e conhecimentos obtidos nos oito anos de governo.

Esses são os “ralos” pelo que sai o dinheiro que deveria ir para educação, saúde, segurança, moradia, salários. Os contratos para pedágios, construção de portos, navios, casas, estádios, estradas, aeroportos, plataformas, hidrelétricas são na maioria das vezes super faturados; não se investe nas obras o prometido nos contratos; o material de má qualidade faz com que prédios desabem; os controles são inexistentes e as licitações de carta marcada. A novidade agora é uma “mudança” na lei de licitações para favorecer os amigos do poder nas obras para a Copa e Olimpíadas. Mas se isso não bastasse, tem os créditos fartos do BNDES, com juros camaradas e prazos a perder de vista.

Palocci e os políticos da base governista, como antes fizeram os ministros e políticos do tucanato, enquanto enchem o próprio bolso e o dos seus verdadeiros patrões que são as grandes empresas, impõem reformas da previdência que tiram direitos; decidem um salário mínimo que não cobre as necessidades de uma família trabalhadora; cortam verbas da saúde, da educação, da prevenção de catástrofes, da segurança para fazer superávit primário e pagar ao sistema financeiro 1,7 bilhão de reais por dia em juros e amortizações de uma dívida ilegal e imoral. Afastando-se de sua origem como trabalhadores e como militantes de esquerda, vivem como ricos e pensam como tais, sem preocupação com a inflação e sem pudor para congelar salário do servidor público ou deixar milhares de desabrigados na rua.

Ao amparo deste tipo de políticos e de governo, aumentam as máfias como a dos “sanguessugas”, a das ambulâncias, a dos roubos da merenda escolar, e todo tipo de ilegalidades de verdadeiras quadrilhas que se espelham nos governantes e se favorecem da impunidade que a todos eles protege. Proteção mútua necessária como são os pactos de silêncio entre as máfias, porque todos eles são cúmplices dos escandalosos roubos de dinheiro publico.

Palocci tem que sair

Sua trajetória está trilhada de obscuros negócios à margem da lei, como a violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo, que denunciou que Palocci, reunia-se na mansão de Brasília onde lobistas e políticos celebravam suas negociatas, regadas à Whisky e champanha importados. Por isto ante este mais novo escândalo, Palocci deve sair já do governo!

Até que não se imponha o financiamento público das campanhas eleitorais e a obrigação de abertura dos sigilos bancário e fiscal de todos os políticos ocupantes de cargos públicos, continuarão se enriquecendo mandando e desmandando os Palocci, Dirceu, Sarney, Renan Calheiros, Jáder Barbalho, etc. à serviço do grande capital, esvaziando os cofres públicos e penalizando a população trabalhadora.

Mas para mudar este podre regime político do poder econômico e da corrupção, mandar estes lobistas milionários e os novos milionários políticos corruptos como Palocci para a cadeia e devolver aos cofres tudo o que roubaram, é necessário que o povo se organize e lute nas ruas, como fizeram no Egito ou na Tunísia. Os estudantes e a juventude de Brasília, que expulsaram um reitor corrupto e um governador como Roriz através de sua mobilização, são o exemplo mais próximo a seguir.

Coordenação Nacional da CST – PSOL - 22 de Maio de 2011